A microbiologista Mariangela Hungria, acaba de ser laureada com o World Food Prize2025, também conhecido como o “Nobel da Agricultura” — uma honra jamais concedida a uma brasileira até hoje.
Uma visão que virou transformação concreta
Há mais de 40 anos, a cientista investiga formas de usar bactérias do solo para substituir fertilizantes químicos — um conceito ousado que inicialmente era visto com ceticismo.
Ela isolou Bradyrhizobium, ideal para fixação biológica de nitrogênio em soja, e avançou com a co-inoculação com Azospirillum brasilense, beneficiando soja, feijão, milho e trigo.
O impacto? Aplicações em mais de 40 milhões de hectares no Brasil. O que resultou em um grande impacto socioambiental e econômico.
A produtividade agrícola disparou: de 15 milhões de toneladas nos anos 1980 para mais de 170 milhões hoje, fazendo do Brasil a maior potência exportadora de soja.
Economias de até US$ 25–40 bilhões por ano, além da redução de centenas de milhões de toneladas de CO₂ equivalentes.
Complementa a agricultura regenerativa: menos insumos, água, terra e impacto ambiental — produzindo mais com menos. Que inclusive é um dos principais pilares da Brasil Fertilizantes: produtos sustentáveis para a terra, produtor e consumidor.
Por que esse prêmio importa:
1. Validação global da ciência brasileira: um reconhecimento que legitima décadas de pesquisa local com impacto global.
2. Exemplo de força feminina na ciência: mãe, pesquisadora, pioneira e referência.
3. Modelo de sustentabilidade real: fortalece a produção de alimentos sem depender de insumos poluentes.
4. Transformação rural e econômica: leva tecnologia ao campo, reduz custos produtivos e preserva o solo e o clima.
Fontes:
https://apnews.com/article/world-food-prize-brazil-soybeans-ebcb46d1a8384e67193ce2e64364ab42
